No primeiro dia não havia nada,
Tudo era sem forma, sem brio,
Sem luz e sem trevas,
Apenas o vazio.
Bom ter luz, ruim as trevas...
Em não tendo-se o bom,
Fica-se com o vazio.
Parece a melhor saída,
Ao menos nos dá a perspectiva,
Ainda que remota,
De uma recriação criativa.
No segundo dia,
Aquele após o primeiro,
Dividem-se as águas, cria-se um céu inteiro
E como que num roteiro
A água que pra lá sobe,
De lá volta um dia
E para o céu de novo torna,
Num ciclo que se completa
Quando o outro se reinicia,
Tal qual a vida nossa
vida "drummondiana" de cada dia.
Aquele após o primeiro,
Dividem-se as águas, cria-se um céu inteiro
E como que num roteiro
A água que pra lá sobe,
De lá volta um dia
E para o céu de novo torna,
Num ciclo que se completa
Quando o outro se reinicia,
Tal qual a vida nossa
vida "drummondiana" de cada dia.
E quando não houver
Lágrimas mais para derramar,
O céu em expectativa, ficará
Esperando que o efeito
Das lágrimas de outrora
Cesse, pare, passe,
Apenas para que, de novo um dia,
Vapor condensado em noite quente
Diante da calmaria,
Renasça em tempestade,
Reiniciando a vida ou a agonia.
Lágrimas mais para derramar,
O céu em expectativa, ficará
Esperando que o efeito
Das lágrimas de outrora
Cesse, pare, passe,
Apenas para que, de novo um dia,
Vapor condensado em noite quente
Diante da calmaria,
Renasça em tempestade,
Reiniciando a vida ou a agonia.
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